Vida teórica e prática – Aristóteles
Aristóteles refutou a teoria do mundo das
idéias de Platão, propondo um pensamento que, embora valorizasse a atividade
intelectual, teórica, contemplativa como fundamental, resgatava o papel dos
bens humanos, terrestres, materiais para alcançar uma vida boa.
Contemplação intelectual – como Platão
dizia que a finalidade última de todos os indivíduos é a felicidade.
Afirma que um ser só alcança seu fim
quando cumpre a função (ou finalidade) que lhe é própria.
O ser humano dispõe de uma grande
quantidade de funções (caminhar, correr, comer, sentir, dormir, desejar, etc)
como outros animais, mas só ele possui a faculdade de pensar, sua virtude
essencial.
O ser humano só alcançará seu fim se
atuar conforme sua virtude, a razão. E não basta ter uma virtude, é preciso
praticá-la.
Para atingir a felicidade verdadeira o
indivíduo deveria dedicar-se fundamentalmente a vida teórica, no sentido de uma
contemplação intelectual, buscando observar a beleza e a ordem do cosmo, a
autêntica realidade das coisas a vida inteira.
Outros prazeres e virtudes – Aristóteles
dizia que a companhia da família e dos amigos, a riqueza e o poder e o prazer
de desfrutar desses elementos, promoveriam o bem estar material e a paz social.
Indispensáveis a vida contemplativa.
Por outro lado o gozo de tais prazeres
estaria vinculado também ao exercício de outra virtudes humanas – como a
generosidade, a coragem, a cortesia e a justiça- que em conjunto, contribuem
para a felicidade completa do ser humano.
A felicidade seria uma vida dedicada a
contemplação teórica, aliada à prática das outras virtudes humanas e sustentada
pelo bem-estar material e social.
Nenhum comentário:
Postar um comentário