Prazer moderado – Epicuro
Para Epicuro, a felicidade é o prazer
resultante da satisfação dos desejos, mas a felicidade é fundamentalmente
prazer, pois para ele tudo no mundo é matéria e, no ser humano, sensação,
inclusive a felicidade. Assim, ser feliz é sentir prazer.
Com base nessa visão sensualista (baseada
nas sensações), Epicuro dirá que todos os seres buscam o prazer e fogem da dor,
e que, para sentirmos felizes, devemos gerar, primeiramente, as condições
materiais e psicológicas que nos permitam experimentar apenas o prazer na vida.
E prazer, para ele, é sobretudo a ausência da dor.
Estratégias: eliminação de certas
crenças, eliminação ou moderação dos desejos e prudência racional e ataraxia.
1-Eliminação de certas crenças – uma das
principais causas de angústias e infelicidade são as preocupações religiosas e
as superstições. Se refere ao temor que nos impõem certas crenças e religiões.
Todo esse sofrimento pode ser evitado,
se as pessoas compreenderem que o universo inteiro é constituído de matéria,
inclusive a alma humana. Tudo o que acontece pode ser explicado pelo movimento
aleatório dos átomos, que produz forças cegas e indiferentes ao destino humano.
Mediante essa compreensão materialista do
universo e do ser humano, Epicuro sustentava que as pessoas também se livrariam
do medo da morte, grande fator de angústia e infelicidade.
2-Eliminação ou moderação dos desejos. Há
três tipos de classificação dos desejos:
. naturais e
necessários – como os desejos de comer, beber e dormir;
. naturais e
desnecessários – desejos de comer alimentos refinados, tomar bebidas especiais
e caras e dormir em lenções luxuosos;
. não naturais e
desnecessários – desejos de riqueza, fama e poder.
Para Epicuro quem espera muito sempre
corre o risco de se decepcionar. Ele recomendava que as pessoas eliminassem
todos os desejos desnecessários e se permitisse apenas os naturais e
necessários, e mesmo assim com moderação.
Contentar-se com pouco seria o segredo do
prazer e da felicidade. Com a expectativa reduzida, não há decepção e um grande
prazer pode advir de um simples copo de água. Gozar o prazer eventual de um
banquete ou de um cargo elevado não é proibido, mas não deveria ser desejado
sempre, pois, mais cedo ou mais tarde, viriam a insatisfação, o desprazer, a
infelicidade.
3-Prudência racional e ataraxia – alguns
prazeres são superiores a outros. É necessário, portanto, avaliar a ação de
cada um deles e agir com prudência racional. Para seguir o caminho da
felicidade é preciso escolher os prazeres de maneira racional, conduzindo o
indivíduo a autarquia (governo da própria vida). Pela autarquia, ascenderemos a
ataraxia (estado de impertubabilidade da alma caracterizada pela indiferença
total ao que ocorre no mundo). Esse seria o objetivo último, felicidade suprema
dos epicuristas.
Muito bom esse texto. Parabéns.
ResponderExcluirMuito bom esse texto. Parabéns.
ResponderExcluirAjudou muito, obrigado!
ResponderExcluirAjudou muito, obrigado!
ResponderExcluirmuito grata pela ajuda.
ResponderExcluirEu só não concordo do fato de "poder nos satisfazer com cargo alto" Acontece que antigamente ficar rico era algo ruim pois a pessoa usaria apenas para ganhar poder e etc. Porém já existem meios como mercado de ações, empresas etc. E acredito que desejar riqueza para bem-estar , objetivos, sonhos, e para fazer algo bom não faz nada de mal a ninguém . Mas é claro assim como agua , comida, dormir , tudo que existe com moderação. Mas esse texto me ajudou muitoo! Principalmente a convencer minha família a seguir uma vida saudável e livre de crenças que trazem mais mal do que bem.
ResponderExcluirO prazer moderado se torna mais racional
ResponderExcluirThe Rundown | MrCD
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